No Brasil, o número de inadimplentes só cresce e alcança o maior índice desde 2016.
Segundo um levantamento da Serasa Experian, 66,6 milhões de pessoas estão com o nome negativado devido a dívidas. Os dados são referentes a maio deste ano e representam um aumento de quatro milhões (6,3%), em comparação com o mesmo período do ano passado.
Já em relação ao mês anterior (abril), mais de meio milhão de pessoas entraram no cadastro.
Para a facilitadora em Gestão de Finanças Pessoais do time de Educação do Ailos, Querli Tolfo, apesar do momento delicado da economia, deixar o nome “limpo na praça” não é impossível.
“Com a alta inflação e da taxa de juros, além do nível de desemprego, planejamento financeiro se torna ainda mais necessário no dia a dia das famílias”, comenta.
Porém, algumas dicas podem ajudar a sair da inadimplência e do endividamento, limpar o nome e voltar a ter crédito. Confira o que diz a especialista:
O primeiro passo é saber quanto e para quem está devendo. Parece fácil, mas muitas vezes é comum se enrolar e não saber quem são os credores e nem o valor exato da dívida.
Por isso, colocar tudo na ponta do lápis e consultar o CPF em entidades de crédito para saber se há pendências pode ser uma boa alternativa.
Liste todos os gastos fixos para entender o que é essencial ou prioridade e repensar os gastos para eliminar despesas supérfluas. Se possível, vale buscar novas fontes de renda para auxiliar no orçamento mensal. Também é importante se planejar para evitar o endividamento ao pagar uma conta atrasada. Muitas vezes, na ânsia de quitar o débito pendente, o orçamento pode ficar comprometido.
Por isso, não deixe de pagar as despesas fixas mensais para pagar acordos, que devem ser dimensionados dentro da realidade orçamentária de cada um.
Ser adimplente é fundamental. Ao deixar alguma parcela em aberto, o acordo pode ser cancelado e assim, gerar um novo contrato com juros ainda mais altos.
Além disso, em muitos casos, é difícil conseguir uma segunda negociação com as mesmas taxas de desconto quanto da primeira vez.
Detalhar e anotar todas as entradas financeiras e os gastos do mês, sejam fixos ou variáveis, vai ajudar a organizar o fluxo de pagamento das contas. Defina as despesas que não podem ser cortadas e observe onde é possível reduzir gastos.
"Após quitar todas as dívidas, é importante ficar longe da inadimplência. Depois, é começar a pensar em criar uma reserva de emergência. Ter uma aplicação de curto prazo, que pode ser resgatado rapidamente sempre que necessário, pode ser o segredo para manter o nome limpo. Muitas vezes, as dívidas surgem por conta de situações inesperadas como problemas de saúde, acidentes, perda de emprego, entre várias outras”, Querli conclui.
Fonte: Ailos
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