As empresas familiares fazem parte do cenário econômico em todo o mundo e sua importância para geração de emprego e renda é inegável. No Brasil, representam cerca de 85% do parque empresarial. No entanto, segundo estatísticas, de cada 100 empresas familiares que são abertas apenas 30% chegam à segunda geração e só 5% à terceira, grande parte em função de conflitos familiares pelo poder.
“Para garantir que os conflitos entre membros da família não prejudiquem a empresa, é fundamental que haja um planejamento sucessório, realizado à luz da estratégia organizacional e de forma profissional”, afirma o consultor especializado em empresas familiares, Domingos Ricca, sócio-diretor da Ricca & Associados. “A preparação dos herdeiros para assumir, ampliar e garantir a continuidade dos negócios da família é outro ponto crucial.”
Segundo Ricca, a passagem da segunda para a terceira geração é o momento em que filhos, genros, noras, netos são inseridos na dinâmica empresarial, o que pode comprometer a gestão corporativa em função de desentendimentos, competições e conflitos pelo poder. “Este é o cenário perfeito para compradores de todo o mundo, que por meio de fusões e aquisições adquirem, muitas vezes a preços módicos, um negócio já consolidado.”
Para evitar que os conflitos prejudiquem o desenvolvimento da companhia, “é necessário que a organização possua uma administração bem estruturada, vinculada aos princípios de transparência, equidade e prestação de contas, bases da Governança Corporativa”, acrescenta o consultor.
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Atualizado em: 04/10/2024 17:59 |
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